domingo, 23 de outubro de 2011

Menina

Era assim que ela ganhava a vida. 
Menina nova, moça mulher, 
Resolveu se lançar ao mundo depois de engravidar cedo,

Muito cedo. 

Agora se via nessa rotina, 
No entrelaçar de corpos desconhecidos, rostos desfigurados. 
Gritos, ecos, gemidos. 
 Nada importa. É diversão, é dinheiro, é prazer. 

São objetos, acham que estão usando mas estão apenas sendo usados, 
Quanta ingênuidade! 

E assim a menina cresce, 
Amadurece 
E não vê que no amanhã se esconde uma noite tão sombria e densa, 
Quanto o coração que pulsa no compasso da sua solidão.